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3.1.05


Só tiro a árvore de Natal no blog depois de Dia de Reis.
Porque sim e porque mantenho a minha no meu quarto durante todo o ano, e porque também há sempre histórias de Natal para contar.
Esta passou-se por aqui:

Portugal, um país de tra(d)ições

Sei que tenho muito amor, muito carinho, muitas coisas que outras crianças não têem. Então com os blogs, desde o ano passado, ganhei mais amigas e amigos e vejo-me à rasquinha para dar atenção a todos. E gosto muito, muito, muito, deles.
Só que este ano tive uma surpresa. Com a minha avó.

Antes do Natal escolho os brinquedos que tenho a mais, selecciono a roupa que não me serve e vou à procura das coisas que a minha mãe não precisa ou que o meu pai põe de lado. Ando também pela casa do meu avô, pela do meu tio S, na do meu tio D e até vou a casa do meu tio Z e trago tudo o que os meus primos já não precisam.
Junto tudo o que arranjei e vou distribuir por quem mais necessita.
No dia 24 a minha avó “descobriu” um Lar mesmo ao pé da gente. Tem crianças abandonadas, sem pai nem mãe, sem tios ou família que saibam onde eles estão.

Entrámos e fomos vê-los numa vivendinha pequenina, mas muito limpa e arranjada, onde estão algumas pessoas carinhosas a tratar deles. Deixámos lá tudo o que eu levava.
Mas o melhor estava para vir quando a minha avó perguntou à D. M:
- Qual é a ceia de Natal que os meninos vão ter? O bacalhauzinho do costume, não é?
- Ó minha querida senhora, temos apenas o que as pessoas nos dão. Mas bacalhau não.

Deu-nos um “flash”!
Como ainda eram duas da tarde, fomos à grande superfície dum senhor rico e trouxemos tudo igual ao que na nossa casa íamos comer.
Na entrega, trocámos abraços e chorámos agarradas umas às outras.

Fiquei muito feliz e ainda agora vim de lá.


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